terça-feira, 10 de novembro de 2009

A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

EDILENE GONÇALVES DOS SANTOS
FERNANDA NUNES VELOSO
LÍLIAN FONSECA DE MATTOS VELOSO
LIRA NUNES VELOSO

Ao se falar em filosofia da educação, logo pensamos em medir proximidades das relações em aproximar pessoas, mas para isso é necessário levar em conta a historia que cada um carrega consigo, através do educador.
O educador deve ter uma postura que tenha como objetivo a compreensão da essência presente em cada pessoa, cabendo-lhe buscar o modelo antropológico ideal para avaliar e obter o melhor caminho para trabalhar com o ser humano. Estes modelos podem estar interligados em forma conjunta ou não. O educador tem que olhar o todo e não apenas o momento ou a situação. A educação formal, na escola tem como objetivo principal proporcionar ao educando uma transformação continua e uma reconstrução social.
Educar é formar um ser humano capaz de conviver e compreender as diversidades presente e a filosofia não se ocupa do fazer, mas do como fazer, e o filosofo se encanta pela lógica e pela compreensão, do porque de uma pessoa pensar e agir em determinada forma, não se deixa corromper, esta sempre procurando o melhor, especulando sobre a verdade e a natureza. Ser filosofo é querer saber, provar e comprovar seu conhecimento.
Como educador filosófico, pela minha experiência, não quero e não posso ser o dono da verdade, o aluno também tem razão. Professor e aluno devem troca experiências e conhecimentos, aprender um com o outro. Como estudante, fui levada a aprender o que o professor achava certo sem ouvir o aluno; o professor era o dono da verdade absoluta, quem educa possibilita a construção de conhecimentos, para aceitar o outro diferente, pois a sociedade e plural tanto na vida social e pessoal.
Segundo as informações coletadas, percebe-se que a escola, apesar de falha, ainda é o melhor espaço social para promover a integração e o desenvolvimento cultural das pessoas.
As atividades educativas vêm ser centradas no aluno, em vez de centrar-se no professor ou no ensino. O aluno deve ser sujeito de sua aprendizagem e não visto como um banco onde são despejados os conhecimentos sem uma percepção do seu ser como pessoa inteira, com sentimentos, emoções e também conhecimentos e valores adquiridos na própria historia – vida.
A educação é um instrumento social e os sujeitos que nela convivem e estudam são inseridos num processo de mudança onde o saber científico é fundamentais que todos tenham acesso a ele com coerência, podendo tornar a escola num lugar de convivência, de prazer, de cultura, de ciência e de socialização, onde a ética e a justiça norteiem as ações, tornando-se com eficácia um dos instrumentos de superação da dominação social, econômica e cultural.
No plano escolar, portanto, segundo a pesquisa, educar é mais que construir conhecimentos: é formar seres humanos em toda sua complexidade e individualidade, em interação com os contextos sociais, culturais e econômicos.
Apoiada pelas exigências das novas tecnologias de comunicação e informatização a escola aprimora-se nas estratégias de veicular o conhecimento e este dever ser resultado da recriação e interação dinâmica ao saber que os alunos trazem do próprio meio.
Assim o professor não é o mestre distante, autoritário, o mero técnico que domina conteúdos específicos e imutáveis, mas sim, profundo conhecedor do conhecimento e das áreas correlatas com uma visão de conjunto do que é a sociedade, marcando seu trabalho com forte dimensão política, estética e ética.
Assume postura atenciosa com a aprendizagem do aluno, privilegiando não apenas a sala e aula, como todas as dimensões e oportunidades de aprendizagem que possam ser exploradas e desenvolvidas articulando o saber da escola com o da comunidade, tornando o ensino significativo para a vida do aluno.
Acredita na capacidade de o aluno realizar por si novas aprendizagens e descobertas não podando sua iniciativa e criatividade, mas sim, viabilizando a participação do aluno no processo de construção do conhecimento e estimulando a sua reflexão critica.
Programa aulas dinâmicas considerando os interesses e as necessidades dos alunos, assegurando a independência, auto-estima e alunos questionadores, distinguindo os alunos que sabem e obedecem dos que não aprendem e são indisciplinados, os bons dos alunos com dificuldades, os quais precisam de atenção individualizada e apoio dos colegas monitorando as atividades de ensino-aprendizagem, propiciando o crescer e aprender juntos.
Organiza a sala de aula e as atividades de estudo de forma prazerosa para que os alunos possam se sentir valorizados, e capazes de obter sucessos nos estudos, estabeleçam locos afetivos com a escola e aprendam pela vivencia da curiosidade, pelo desejo de ver, indagar, fazer e construir. O professor-educador hoje deve ser um criador de ambientes de aprendizagem e de valorização do educando
Quando se trata de educação, pensamos logo em uma instituição, um local onde se administra conhecimentos. Essa instituição faz parte da educação, pois nada mais é que um estabelecimento onde se organiza uma estrutura social, é o espaço onde as pessoas aprendem a se organizar em grupos.
Para que exista uma instituição escolar depende de vários fatores:
- Pessoal: a escola não tem dono, é de todos, ela deve reproduzir as realidades ideológicas de um grupo onde haja um modelo de formação centrado no ser humano, com o compromisso com a doutrina que professam, organizando a sociedade a partir de seus entorno políticos, pautado no sentimento de grupo. A instituição além de evoluir constantemente agrega varias comunidades tais como a família, professores, os alunos e a escola.
A comunidade família é muito importante porque é nela que a criança recebe os primeiros e fundamentais ensinamentos como: falar, limpar-se, vestir-se, obedecer aos adultos, proteger os menores, compartilhar coisas; respeitar e viver em sociedade. A família é o alicerce principal da criança, pois, o que se aprende; os hábitos que se adquire através dela nos acompanhara pela vida toda.
A família tem mudado seu papel com o passar dos anos, mas ainda hoje é um dos pilares mais fortes que sustenta a sociedade. Sua função essencial é formar sentimentos por isto se ela é privada de pais ou seriamente prejudicada no inicio de sua vida, a sociedade é cruel, rejeita-a e ela se sente ate mesmo culpada de existir, o que a impede de crescer normalmente, pois crescimento normal exige a afeição. O amor familiar é muito importante, mas as vezes se torna cruel, cego, mas é a única via para que o individuo se descubra como ser insubstituível.
A família mesmo desestruturada ainda é o seio de afeição e do cuidar. Ela jamais pode omitir-se de seu papel e sua função dentro da sociedade, onde o professor tem um papel muito importante, são lideres, são o ponto de referencia que os estudantes solidificam suas bases. O professor não é apenas aquele que ensina conteúdos, mas sim o que forma conceitos básicos. O seu trabalho vai muito alem de transmitir conteúdos, pois na maioria das vezes ele passa ser o modelo de vida para seus alunos, abrindo possibilidades para a formação moral e social de futuros cidadãos.
Uma pesquisa realizada em 2004 revela que 91% dos professores reconhecem um mal-estar em sua profissão, pois são desvalorizados profissionalmente, assinalam a desvantagem entre o ideal de ensinar e a realidade do ambiente que encontram sentindo-se frustrados, impotentes e desencorajados. Essas dificuldades decorrem da degradação das relações com seus anos de disciplina e de sua desmotivação financeira.
Cabe ao professor a busca pela eficácia do aprendizado em sala de aula, lembrando sempre que aprender vem de dentro para fora. As dificuldades são muitas, não existe receita só através de experiências errando e acertando, tentando de novo é que se encontra o caminho certo. O professor não é o modelo, mas sim alguém imprescindível na busca por uma sociedade mais humana. O professor não passa de um simples instrutor ou colaborador que possibilita o intercambio entre os objetos do saber, por isso ele deve ser filosófico, não aquele que transmite conteúdos, um tarefeiro. Para exercer o papel de educador é preciso compromisso político e técnico, pois é o facilitador da aprendizagem. O educador deve estar sempre em formação, aprendendo sempre para exercer bem sua profissão.
São os professores os educadores que vão trabalhar com a matéria prima humana que são os alunos. Alunos são seres humanos que vieram ao mundo sem serem consultados se queriam, nos lhes impomos a humanidade do mesmo modo que lhes impomos a vida.
O aluno tem necessidade de educar e, educar é conseqüência de uma ação comentaria, onde educador e educando se educam.
Ser educando, ou seja, aluno é procurar crescimento e aquisição de sua próprio aprendizagem, cultivando os bens culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades da comunidade escolar. E nesse universo que o aluno vivenciara situações que favoreceram os diferentes aprendizados: o conhecimento, o fazer, o ser e o convier, capacitando-o a ouvir e ser ouvido, a reivindicar seus direitos, cumprir seus deveres e praticar ativamente a vida cientifica, cultural, social e política na sua cidade, seu pais e no mundo, construindo um mundo melhor e mais justo.
No Brasil o direito a aprendizagem foi criado o estatuto da Criança e do Adolescente, que assegura as crianças e adolescentes o direito a educação formal, a cultura, ao esporte e ao lazer.
A necessidade e o direito do educar da origem a escola. O papel da escola sistematizado não cabendo nela, a fragmentação dos saberes, valorizando o aluno, sua historia adquirida através de suas experiências. Não basta transmitir o saber, é preciso que a escola ofereça condições de sua transmissão, assimilação, dosando-o sequenciadamente. Assim o aluno passa a dominá-lo. A escola deve exercer um papel de humanização a partir da socialização e da produção de conhecimentos, de valores necessários a conquista do exercício pleno da cidadania. A escola deve contribuir para a formação de crianças, jovens construtores ativos da sociedade, nos distintos espaços social incluída a escola, uma cidadania consciente, critica e militante.
A escola é, portanto, o ambiente de aprendizagem, de saberes coletivos e sociais.
È nessa instituição que a bagagem que a criança trouxe de seu ambiente familiar vai se transformar se moldando dentro do contexto social. A escola deve ser prazerosa para não roubar do aluno a vontade de aprender, mas sim incentivá-lo para a aquisição de conhecimento, ou seja, deve ser o berço para a formação integral do individuo, formando-o e transformando o seu comportamento humano e social.
Parte da filosofia que se ocupa com o valor do comportamento humano, investiga o sentido que o homem imprime a sua conduta para ser. Reflexão filosófica sobre como devemos viver, portanto sobre questões de certo e errado, bons e maus, direito e deveres, e outros conceitos semelhantes. Ética é algo que todos precisam ter.
Alguns têm pouco, levam a serio. Ninguém cumpre a risca... Ética na educação é muito importante principalmente com quem tem alguma deficiência. A estas pessoas e a escola, os educadores e todos que a compõem devem proporcionar a acessibilidade, a possibilidade de alguém que possui algum tipo de deficiência ter livre acesso aos mais variados meios e ambientes em igualdade.
As nossas escolas deixam muito a desejar, pois falta muito para ser acessível a todas as crianças. Aos professores devem ser proporcionados:
- Curso de capacitação
- Psicólogo
- Fonoaudiólogo
- Fazer um estudo do corpo docente para que fiquem aptos para atender melhor os alunos com deficiências.
- Adaptar nossa escola as várias deficiências
A relação neste ambiente deve ser agradável e igual para todos, podendo ser localizada e desenvolvida nesse ambiente demarca e contextualiza o bom e o mau aluno.
Um modelo de educação adequado é onde o ser humano pode escolher e construir conhecimento e formar-se como ser integral, conforme a opção de cada um. Por isso, a responsabilidade do fazer-se é responsabilidade de cada um. Não podemos transferir essa responsabilidade nem para a escola, nem para o Estado, nem para ninguém. É pessoal e individual, podemos nós mesmos buscar a perfeição por meio do conhecimento nos muitos modelos educacionais.
Vários aspectos são indispensáveis dentro de um modelo educacional, por exemplo: o professor tomar as rédeas dentro da sala de aula apresentar um modelo doce, agradável e atrativo, ter segurança do assunto para que o aluno se sinta motivado e feliz para aprender e conviver com o meio ambiente.
A ecologia vem preocupando pensadores e governos há muitos séculos, mas somente, nos últimos anos passou a ser tema de importância coletiva, até mesmo como uma ciência da moda.
Hoje, mesmo ainda existindo correntes da economia utilitarista ou da ecologia imobilista, especialmente nos países em desenvolvimento, a conservação da natureza, através do uso racional e sustentado dos recursos naturais e o meio ambiente, é representado pela ecologia ativa, de soluções, onde o principal elemento é o ser humano, tanto como fator de desequilíbrio e conseqüente ajuste, como também de objeto para a manutenção de sua qualidade de vida.
Mas, para podermos compreender a verdadeira ecologia, temos que superar nosso desconhecimento sobre o tema, até mesmo em relação aos princípios fundamentais e aceitar a condição básica de que a solução inicia-se em nossa própria pessoa, desde a postura pessoal, até a crítica coletiva consciente. Não somente os animais e vegetais relacionam-se entre si e o ambiente em que vive homem, também faz parte desta comunidade.
Infelizmente, ao longo do tempo, o homem provocou mudanças nos diversos ecossistemas, a maior parte das vezes, de uma maneira negativa.
Contudo, devido à sua inteligência e habilidade, possui também capacidade suficiente para solucionar os problemas que ele mesmo criou, gerando soluções, propondo modelos e aplicando estes conceitos.
Sendo assim, a ecologia deve ser entendida como algo pessoal, através de uma verdadeira participação. Cada um de nós pode lutar por ela de uma forma positiva agindo nos diversos ecossistemas, para termos um mundo melhor no futuro só através da educação integral.
Você melhora um país educando o seu povo. Uma educação que passa pelo conhecimento pessoal das coisas, com o ensino informal e chega ao seu auge através do respeito às leis e normas, as condições primordiais urbanas, para que o convívio coletivo não chegue ao extremo dos crimes ou atritos.
Uma ação conjunta de todas as nações, elaborando uma equilibrada distribuição de alimentos, uma utilização consciente dos recursos naturais, um desenvolvimento científico-tecnológico, que não agrida o meio ambiente, fará muito pelo PLANETA.
Podemos viver com moderação, piedade, justiça, todos unidos - povos dos mais diferentes países com um objetivo em comum: melhorar cada vez mais a vida do Planeta Terra!
Todos nós podemos aprender a consertar os erros do passado, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance, educando as crianças e jovens para um mundo melhor!
Que através da arte, da poesia e do teatro os professores possam ensinar a seus alunos a terem a liberdade de escolha, o agir sem medo e sem preconceitos,o pensar no futuro que é sonhado. Escolhendo uma profissão que lhe dê prazer no que fazem, e não uma profissão que dê mais dinheiro ou que seus pais gostariam que fizessem.
As crianças devem ser tratadas de forma despretensiosa, pois ela tem em seu agira a espontaneidade das atitudes, das relações. Temos que incentivar as crianças e é necessário ouvi-las, e dar importância ao que têm para dizer. Ensinar a filosofar é estimular posicionamento, estimular opinião, reflexão e conversação, só através do dialogo e da troca de informações que podemos educar e adquiri conhecimentos e resgatar nossa cultura.
A realidade do lúdico de nossas crianças em nossas comunidades, ainda corresponde a realidade de nossos tempo. As crianças por aqui ainda têm o privilegio de estudarem todas juntas. Logo após a aula elas brincam nas praças e ruas de brincadeiras antigas: bola, corda, pique – esconde e brincadeiras de praça.
Ainda temos segurança em nossa cidade, onde os adultos olham por todas as crianças, elas se sentem livres para interagir com o lúdico e a natureza, e assim se tornarem cidadãos do bem para transmitir o seu saber para as próximas gerações.


CONCLUSÃO

Vimos que o objetivo principal da Filosofia da Educação é levar o conhecimento ao professor, no pensar, no agir e no falar aos seus alunos, e que através desta filosofia ele tem mais respaudo para a condição à verdade para efetivar sua participação como educador, nos valores humanos e no crescimento do educador.


BIBLIOGRAFIA


Livro: Filosofia da Educação. (obra) Organizada pela Universidade luterana do brasil (ULBRA). Curitiba: Ibpex, 2008.

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