terça-feira, 17 de novembro de 2009

Você é um bom líder?

Seja sincero! Assinale nas questões abaixo a alternativa que está mais de acordo com sua forma de agir (ou pensar).

1. Diante de uma situação em que é necessária uma tomada de decisão:
a) Pede opinião de sua equipe, embora haja situações em que você tenha que decidir sozinho.
b) Como líder de uma equipe, você sabe que a responsabilidade é sua, por isso normalmente toma a decisão por conta própria.
c) Somente toma decisões após entrar em consenso com toda sua equipe.

2. Quando está responsável pela condução de um projeto, você:
a) Delega as responsabilidades de acordo com a capacidade de cada um, determina prazos e acompanha o progresso.
b) Distribui as tarefas, mas fica com as mais complexas para garantir que serão realizadas.
c) Delega as responsabilidades de acordo com a capacidade de cada um e aguarda o retorno, pois confia totalmente nas pessoas.

3. O projeto pelo qual vocês trabalharam durante semanas deu errado e toda equipe está desmotivada:
a) Embora frustrado, procura dar suporte e atua no sentido de despertar entusiasmo para os projetos que estão por vir. Esse com certeza não será o último!
b) Você sente que trabalhou muito e sempre tem alguém que não se dedica com a mesma intensidade, o que o deixa muito frustrado. Por isso, precisa de um tempo para se recuperar e recomeçar.
c) Fica com muita pena da equipe. Acha que não é justo, tanta dedicação para nada! Compreende a situação de sua equipe e dá apoio a todos.

4. Quando percebe que uma das pessoas de sua equipe não está atendendo a expectativa:
a) Dá feedback claro e pontual, além de procurar entender suas razões. Estabelece junto a ela uma estratégia de ação e um prazo para que possa dar resultado.
b) Chama a atenção na hora! Não suporta displicência.
c) Conversa com ela. Ela pode estar em uma fase difícil. Talvez seja o momento de poupá-la um pouco do excesso de trabalho.

5. Alguém de sua equipe cometeu um erro grave que teve consequências para o resultado final. Você:
a) Assume a responsabilidade diante da diretoria como representante da equipe, mas busca junto à equipe as causas e soluções para o problema.
b) Procura o culpado, pois ele deve assumir a responsabilidade pelo erro. Normalmente o pune.
c) Assume totalmente a responsabilidade, pois como líder, é responsável tanto pelos acertos como pelos erros.

6. Sua equipe concluiu um projeto que foi muito bem-sucedido e a direção quer premiá-lo pelo resultado:
a) Como representante da equipe, aceita e divide os créditos com todos que foram responsáveis pelo sucesso do projeto.
b) Aceita a premiação, afinal graças à sua liderança o resultado foi atingido.
c) Recusa-se a aceitar a premiação se não for estendida a todos de sua equipe por igual.

7. Sua área está com trabalho atrasado e a diretoria está cobrando mais agilidade:
a) Reúne sua equipe e mostra a responsabilidade de cada um no processo e no resultado, procurando influenciá-los a fazer sua parte com dedicação e agilidade, mesmo que isso exija uma carga extra de trabalho.
b) Convoca a equipe para uma reunião e chama a atenção de todos, mostrando claramente a pressão que está sofrendo da diretoria. Deixa claro que quem não atender às exigências da empresa será desligado.
c) Acha um absurdo esse tipo de cobrança, afinal sua equipe trabalha tanto! Assume todo o trabalho atrasado, faz horas extras e dá conta de tudo, sem sobrecarregar a equipe.

8. Um membro de sua equipe está com problemas pessoais e precisa de alguém para conversar:
a) Dá abertura para escutá-lo e procura ajudá-lo com dicas ou orientações. Verifica o impacto que este problema poderá ter no trabalho e procura gerenciá-lo dentro de sua equipe a fim de que não atinja o resultado final.
b) Isso não é problema seu nem da empresa. Um bom funcionário é aquele que sabe separar a vida pessoal do trabalho.
c) É “todo ouvidos”. Acredita que faz parte de sua responsabilidade ouvir as pessoas e ajudá-las a resolver seus problemas, mesmo que pessoais.

9. Quanto ao desenvolvimento de sua equipe, você:
a) Procura incentivar para o estudo e atualizações constantes, além de identificar e preparar futuros substitutos para o seu cargo.
b) Preocupa-se com seu autodesenvolvimento, pois tem receio que alguém de sua equipe possa vir a ocupar o seu lugar.
c) Procura ser um mestre para eles, ensinar tudo o que sabe, além de exigir da organização o financiamento de cursos de formação.

10. Na entrega de uma tarefa você:
a) Dá feedback à cada membro da equipe sobre a atuação dele, elogiando a performance e apontando os pontos a melhorar.
b) Não diz nada, fazer um bom trabalho é obrigação de cada um de nós.
c) Elogia, destaca os pontos fortes, compartilha com a equipe, comemora.

Se você marcou como maioria das respostas a alternativa “a”, existe uma grande chance de você ser um bom líder. Mesmo que em liderança situacional, você se posiciona a fim de garantir o resultado, sem se esquecer da equipe. Provavelmente seu comportamento é referência para as pessoas que trabalham com você.

Caso você esteja entre as alternativas “b” ou “c”, fique alerta! Você pode estar sendo rígido ou permissivo demais com sua equipe e, em ambos os casos, as chances de sucesso nos projetos são menores. Reavalie suas posturas e, se necessário, procure ajuda.

Teste elaborado por Luciana Serafin, psicóloga e coordenadora de outplacement da De Bernt Entschev Human Capital publicado na revista Gestão Educacional.
JORNAL VIRTUAL GESTÃO EDUCACIONAL Ano 2 Nº 137 - 17/11/09 
 

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Alfabeto Braille foi criado a partir de código da Marinha francesa


O alfabeto dos cegos foi criado por um francês, Louis Braille, a partir de um código da Marinha francesa, que possibilitava a leitura de mensagens durante à noite, em lugares onde qualquer luz denunciaria a posição dos navios de guerra. Tem 63 caracteres de seis pontos cada um, que podem ser reconhecidos pelo toque dos dedos.

O primeiro livro impresso em português


Especialistas do Brasil e Portugal discordam sobre qual seja o primeiro livro impresso em Língua Portuguesa. Para os brasileiros, foi a tradução de Sacramental, de Clemente Sanchez, publicada em 1488. Como não traz a data de edição, os portugueses consideram o Tratado de Confissom, que saiu do prelo em 1489.

Primeiro romance do mundo foi escrito por uma mulher

Uma mulher foi a autora do primeiro romance literário de todos os tempos. Murasaki Shibiku, uma japonesa da classe nobre, escreveu no ano 1007 um livro chamado "A história de Genji", contando a história de um príncipe em busca amor e sabedoria. A pessoa que escreveu o maior número de romances na história também é uma mulher. Barabara Cartland é autora de nada menos que 723 romances, que venderam mais de um bilhão de cópias em 36 idiomas, fazendo dela também a autora de romances mais vendida do mundo.

De onde vem a palavra "gravata"?


A palavra "gravata" é originária da palavra do idioma sérvio-croata hrvat, que por sua vez saiu do alemão Kravat, que finalmente saiu do francês cravate. Em francês, cravate significa gravata e também croata, devido a uma tira de pano que os soldados croatas (mercenários do Exército francês) usavam, amarrada ao pescoço, no século XVII.

(Colaboração de Simone Dias Marques)

Índia é maior produtora de cinema


A indústria cinematográfica da Índia é a maior do mundo. Produz cerca de 700 filmes por ano, emprega 2 milhões de pessoas e atrai 70 milhões de espectadores por semana. Sessenta por cento da arrecadação reverte em impostos para o governo indiano. A enorme quantidade de filmes produzidos reflete-se na qualidade.
"A persistência é o caminho do êxito." Chaplin

Nariz e orelhas nunca param de crescer

O tecido cartilaginoso, que forma o nariz e as orelhas, não deixa de crescer nem mesmo quando o indivíduo torna-se adulto. Daí porque o nariz e as orelhas de um idoso são maiores do que quando era jovem. A face também encolhe porque os músculos da mastigação se atrofiam com a perda dos dentes.

QUANTOS NÓS TEMOS?

No Curso de Medicina, o professor se dirige ao aluno e pergunta:

-Quantos rins nós temos?
-Quatro! - Responde o aluno.
-Quatro? - Replica o professor, arrogante, daqueles que sentem prazer em tripudiar sobre os erros dos alunos.
-Traga um feixe de capim, pois temos um asno na sala. - ordena o professor a seu auxiliar.
-E para mim um cafezinho! - Replicou o aluno ao auxiliar do mestre.
O professor ficou irado e expulsou o aluno da sala. O aluno era, entretanto, o humorista Aparício Torelly Aporelly (1895-1971), mais conhecido como o 'Barão de Itararé'.

Ao sair da sala, o aluno ainda teve a audácia de corrigir o furioso mestre:
-O senhor me perguntou quantos rins 'nós temos'.

'Nós' temos quatro: dois meus e dois seus. 'Nós' é uma expressão usada para o plural.
Tenha um bom apetite e delicie-se com o capim.
COMENTÁRIO
 
A vida exige muito mais compreensão do que conhecimento!
Às vezes as pessoas, por terem um pouco a mais de conhecimento ou 'acreditarem' que o tem (ADOREI ESSA!), se acham no direito de subestimar os outros . . .

Viva a humildade . . .
E haja capim!!!

A LINGUA PORTUGUESA

A influência de outros povos

Depois da queda do Império Romano, muitos povos bárbaros chegaram à península. Os suevos, vândalos e visigodos, que chegaram entre 568 e 586, fizeram da cidade de Toledo a sua capital. Apesar de deterem o poder, adotaram a língua falada pelos derrotados, um latim vulgar muito evoluído. Em troca deixaram palavras de sua língua original usadas até hoje.

• Povos germânicos
Os povos germânicos deixaram um léxico numeroso (germanismos) relacionado com a guerra e os costumes: guerra, elmo, roca, arauto, trégua

Eles deixaram também topônimos e antropônimos:

Afonso, Elvira, Raimundo, Rodrigo, Resende

No ano 711, os árabes invadiram a península. Derrotaram os visigodos e praticamente dominaram todo o território em sete anos. As tropas cristãs reagruparam-se no norte da península e iniciaram a Reconquista, que culminou em 1492 com a tomada de Granada pelos Reis Católicos. Durante esses sete séculos aconteceram as grandes evoluções lingüísticas do latim na península e apareceram os dialetos romances: o galaico-português, o astur-leonês, o castelhano, o navarro-aragonês e o catalão, além do moçárabe, língua falada pelos cristãos habitantes da Espanha árabe.

• Árabes
O árabe teve importante influência no português, contribuindo principalmente com palavras que designam plantas, utensílios, alimentos, além de verbos e topônimos: algodão, alface, alaúde, tambor, azeitona, álcool, xarope, alcatifar, alcovitar, Alcântara, Gibraltar

Enriquecimento da língua portuguesa
Nos séculos XII e XIII, com a chegada da arte provençal, cultivada até pelo próprio rei D. Dinis, muitas palavras de origem provençal incorporaram-se ao léxico português:

alegre, jogral, rouxinol, trovar

Com a expansão ultramarina, a língua portuguesa entrou em contato direto com outras línguas que acrescentaram ao idioma inúmeras palavras da África, Ásia e América. Alguns exemplos:

cáfila (do árabe falado no norte da África)
nanquim (do chinês)
gueixa, samurai (do japonês)
gengibre, sândalo (do sânscrito)
berinjela, caravana, laranja, turbante (do persa)
capim, cipó, abacaxi (do tupi)

Durante o período em que Portugal foi governado pela Espanha (1580 a 1640), o castelhano também influenciou a língua portuguesa, com palavras como:

bobo, galhofa, lagartixa, pirueta, realejo

A partir do século XVI, quando surgem as primeiras gramáticas, a língua portuguesa, então mais definida, sofreu influências menores. Mesmo assim, ao longo dos anos foi incorporando vocábulos de diversos idiomas:

tricô, abajur (do francês)
cantina, macarrão, salame (do italiano)
vodca, estepe (do russo)
lanche, pudim, sanduíche (do inglês)

A partir do século XIX, o português recebe termos que designam avanços tecnológicos:

telefone, televisão, submarino, cosmonauta (greco-latina)
futebol, revólver, iate, computador (inglês)
show, best seller, short, software, hardware
(do inglês, ainda sem grafia em português)

Como se originou a língua portuguesa?

A língua portuguesa tem sua origem no latim vulgar, modalidade falada do latim que os romanos levaram para a Lusitânia, região situada a oeste da Península Ibérica (correspondente a atual Portugal e à região espanhola da Galícia). A Península Ibérica, devido a sua posição geográfica, foi constantemente invadida e colonizada por diversos povos que falavam línguas diferentes: lígures, tartéssios, fenícios, gregos, bascos, iberos e celtas. Por volta do ano 218 a.C., chegaram os romanos, que, depois de conquistar esses povos, conseguiram a unificação lingüística. Pelo fato de o latim ser uma língua mais organizada e o meio de comunicação de uma cultura mais adiantada, ele foi aos poucos se impondo em toda a península, substituindo as demais línguas, com exceção do basco. De todas as línguas pré-românicas, subsistem algumas palavras que passaram ao português, como barro, bezerro, cabana, cerveja, mapa.

A origem latina


Latim clássico e latim vulgar
No latim distinguem-se duas variantes:
• Latim clássico ou culto: uniforme e regulamentado, era estudado nas escolas, falado e escrito pela minoria culta.
• Latim vulgar: era a língua falada pelos comerciantes, colonos e soldados que mantinham a ordem no Império. Essa variante não respeitava, pelo desconhecimento de seus usuários, as normas gramaticais, mantinha os vícios das línguas orais e incorporava palavras das outras línguas com as quais entrava em contato.

Principais diferenças entre latim clássico e vulgar
• O clássico tinha dez vogais (cinco breves e cinco longas).
O vulgar tinha só sete: a, e (abertas e fechadas), i, o (aberta e fechada) e u 
• O latim vulgar tinha a tendência de exprimir com várias palavras o que o latim clássico conseguia com uma só (tempos verbais, complementos, comparativos e superlativos)
• No vulgar foi se perdendo o sistema de flexões que indicava as funções que as palavras tinham na oração (declinação)
• O vulgar expressava a voz passiva do verbo por meio do verbo auxiliar e dos particípios. O clássico o fazia por uma desinência especial




A Península Ibérica antes da romanização
Pouco se sabe sobre a Península Ibérica antes da chegada dos romanos. Supõe-se que, primitivamente, ela tenha sido habitada por dois povos: o cântabro-pirenaico e o mediterrâneo, dos quais se teriam originado o povo basco e o ibérico.
Ao sul da península, estabeleceram-se os tartéssios, fundadores da cidade de Tarsis, aonde, segundo a Bíblia, Salomão ia buscar ouro, prata e marfim. Essas riquezas atraíram outros povos: os fenícios, que dominaram o sul, fundando as cidades de Cádiz, Málaga e outras, e os gregos, que, derrotados pelos fenícios no sul, foram para o leste, fundando a cidade de Alicante, entre outras. Os lígures provavelmente se estabeleceram no norte.

• Celtas e romanos

Por volta do século V a.C., chegaram os celtas, que se fixaram na Galícia e no centro de Portugal. No século III a.C., para defender seu poderio no Mediterrâneo ameaçado por Cartago, os romanos desembarcaram pela primeira vez na península. Em 25 a.C. toda a faixa ocidental da península já estava conquistada e os peninsulares, com exceção dos bascos, adotaram a língua e os costumes dos vencedores, ou seja, romanizaram-se.

• Processo de romanização

Esse processo não aconteceu da mesma maneira nem ao mesmo tempo em todas as regiões da Península Ibérica. No norte, onde o processo de romanização foi menor, o latim evoluiu de uma maneira mais livre e revolucionária. Embora na península também tenham existido escolas em que estudaram imperadores, poetas e filósofos – como Trajano, Adriano, Sêneca, Marcial –, o latim que se impôs foi o vulgar. O latim vulgar foi se diferenciando do clássico. Portanto, as línguas românicas da península são fruto da evolução do latim vulgar em contato com elementos pré-românicos e outras influências de povos que chegaram mais tarde.

Quanto tempo é possível sobreviver sem dormir?


Em maio de 2007 um britânico chamado Tony Wright se manteve acordado por 11 dias consecutivos. Ele manteve os olhos abertos bebendo suco de cenoura, banana, abacate, abacaxi e comendo nozes.

O exaustivo feito quebrou o recorde mundial de 1964 de Randy Gardner de um pouco mais de 10 dias e meio sem sono.

Nenhum dos campeões conseguiu entrar no Livro Guiness dos Recordes. O livro incansável de recordes não recompensa vencedores de concursos de privação de sono por causa dos possíveis riscos para a saúde de tais empreendimentos.

Alguns mamíferos como os filhotes de golfinhos e baleias orca podem ficar meses sem dormir. Mas para a maioria das pessoas, apenas uma noite ruim de sono pode desencadear variações de humor e irritabilidade. Falta de sono pode levar à baixa capacidade de contração e de tomada de decisões. Operar maquina ou dirigir seu carro com pouco sono é perigoso. Períodos mais longos de privação de sono podem levar a alucinações, problemas de visão e paranóia.

O mais pequeno vertebrado do mundo vive na Indonésia


O animal vertebrado mais pequeno do mundo foi descoberto na ilha de Samatra, na Indonésia. O «recordista» é um peixe com 7,9 milímetros de comprimento.

O «Paedocypris progenetica» é um peixe da família da carpa mas de dimensões muito mais reduzidas. Os espécimes adultos medem entre 7,9 e 8.6 milímetros de comprimento, consoante se tratem de fêmeas ou machos.

Apesar do seu tamanho minúsculo, o peixe possui barbatanas pélvicas com músculos excepcionalmente grandes que usa para agarrar a fêmea durante o acasalamento, asseguram os investigadores.

Os «Paedocypris progenetica» caracterizam-se ainda por ter um corpo transparente, quando adultos, o que lhes dá a aparência de uma larva, e por viverem em águas escuras, cem vezes mais ácidas do que a água da chuva.

A escassez de alimentos não parece preocupar estes espécimes que, dado o seu tamanho, se saciam com uma pequena quantidade de plâncton. Os investigadores acreditam que com a destruição do seu habitat já se tenham perdido várias populações deste tipo de peixes, mas acalentam a esperança de ainda terem tempo para investigar mais sobre a espécie.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O MITO DA CAVERNA NA EDUCAÇÃO DO SÉCULO XXI

ALINE GONÇALVES
CLAUDIA MEIRE DA SILVA
ELIZANGELA C. BOAVENTURA ROCHA
KELLY  E. BOAVENTURA
MARIA CÉLIA BOAVENTURA
VIVIANA MARIA DE MOURA
 INTRODUÇÃO
Aproximadamente 2.500 anos atrás, o filósofo Platão narra no livro VII de “A República, uma das mais importantes metáforas imaginadas sobre as condições da situação geral em que se encontra a humanidade. Essa crítica à sociedade, embora tão antiga, inspirou e ainda inspira várias reflexões nos tempos passados e atuais.
Por mais que se fale em democracia, liberdade de expressão, a humanidade ainda se vê prisioneira em uma caverna. Libertar-se dos grilhões é uma tarefa difícil, contraditória e digamos que às vezes perigosa. Estamos acorrentados à valores, culturas, ensinamentos e métodos que vêm passando de geração à geração. Alguns vislumbram um mundo e possibilidades fora das paredes que nos cercam, outros se acomodam por covardia ou mesmo por preguiça, pois, mudanças requerem esforço, disciplina e dedicação.
E é baseados na metáfora do “Mito da caverna” que nós educadores faremos uma reflexão sobre a atual conjuntura do sistema brasileiro de educação, e do papel do professor, na busca de uma visão crítica para então podermos detectar possíveis feixes de luz exterior e abandonarmos nossa condição de meros expectadores de sombras projetadas.
 1 – A ATUAL CONDIÇÃO DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA.
Como educadoras, levantar um olhar crítico e abrangente para a educação não será tarefa difícil. Sempre que ligamos rádios e TVs ou lemos jornais e revistas somos deparados com belas notícias sobre o avanço da educação. Os números, embora ainda longe dos países desenvolvidos nos mostrem evoluções aplausíveis. Na grande maioria dos estados os índices de evasão escolar e analfabetismo diminuíram gradativamente. Mas é de suma importância analisar o que realmente tem levado a essa melhora nos números.
Nos tempos atuais não se fala mais em repetência escolar. Os alunos são promovidos mesmo que não tenham alcançado as médias suficientes, pois uma repetição de série pode causar desinteresse e empatia com a escola.
Foram criados vários cursos de alfabetização e aceleração de estudos, e não importa se realmente aquele aluno conseguiu alcançar o objetivo proposto, ao fim ele então pega o seu tão sonhado certificado de conclusão de curso. O governo criou o tal “Bolsa escola” como meio de incentivar aos alunos das classes menos favorecidas a não evadir dos bancos escolares para ajudar com seu trabalho no sustento da família.
Esses projetos são verdadeiras obras primas e devemos aplaudir de pé seus criadores. Mas infelizmente são utópicos funcionam apenas no papel e na mente das pessoas que não convivem diretamente no meio educacional e conhecem de perto os problemas e carências das partes envolvidas.
Alunos promovidos a qualquer custo acabam se tornando frustrados, pois na hora do vestibular ou de prestarem  algum concurso público se vê diante de provas e testes que mais parecem um “bicho de sete cabeças”, e chegam à conclusão de que não sabem nada ou quase nada.
 E como se não bastasse o programa “Bolsa escola” se tornou mais um meio de corrupção. Os repasses são desviados ou mesmo mal distribuídos, não atendendo muito dos que realmente necessitam de tal auxílio. E devemos levar em conta também que o valor do repasse, vinte reais, não é o suficiente para os gastos escolares das crianças.
Enfim é de suma urgência uma revisão nesses projetos e analisarem sua verdadeira eficácia. Até que ponto têm contribuído para a educação? Será que não têm deixado as pessoas acomodadas, como a maioria dos habitantes da caverna? Se analisarmos descobriremos realidades distintas das apresentadas. 
 2 – ELEMENTOS ENVOLVIDOS NA EDUCAÇÃO.
2.1 – A instituição
Falaremos primeiramente das instituições escolares, sejam elas privadas ou públicas. Sabemos que uma instituição escolar vai além da estrutura física, ela engloba todos os métodos, projetos, etc. O aluno é o reflexo do seio familiar e é na escola que muitas vezes é confrontado com realidades totalmente contrárias ao seu mundo. Devido a isso a escola deve respeitar essas diferenças culturais, econômicas, religiosas e sociais.
Trabalhar com a diversidade não é tarefa fácil. É preciso cautela na elaboração dos métodos de ensino, nos projetos escolares e mesmo nas disciplinas diversificadas. A instituição deve conhecer que tipo de público ela atende, pois não adianta pegar um projeto escolar feito numa escola particular de um bairro nobre e querer que ele tenha os mesmos resultados em uma escola pública do subúrbio, ou vice-versa. É preciso respeitar a realidade e o tempo de cada um.
É difícil você trabalhar individualmente com alunos de uma escola numerosa, mas é fácil balancear para não ser exigente nem relapso de mais. A escola deve oferecer, além do ensino formal, a socialização e a integração do indivíduo com a sua escola e com a comunidade em que vive.
 2.2 – A família
A família é a 1ª e a maior responsável pela formação do caráter do indivíduo, uma vez que é sabido que este se forma nos primeiros anos de vida.
Ao ingressar na escola a criança já traz de casa, conhecimentos, valores, e costumes que muitas vezes entram em choque com os padrões normais de conduta. É esperado, como via de regra, que os alunos saibam que se deve respeitar, colegas, funcionários e professores.  É esperado  que os alunos, obedeçam as regras da escola, e é então que começam a maioria dos problemas.
A estrutura familiar nos tempos atuais mudou drasticamente. Hoje não vemos apenas uma família composta pelo pai, como provedor da família, a mãe como responsável pelo lar e pelos filhos. Hoje seria impossível delimitar todos os tipos de família existentes.
Muitas crianças chegam às escolas traumatizadas por sofrerem ou presenciarem violência em casa, sofrem por não trem um referencial de pai ou mesmo de mãe e estas são apenas algumas das possibilidades que encontramos.
Então devemos considerar a realidade familiar de cada criança e não esperarmos comportamentos padronizados e adequados de forma igual. Muitas vezes a criança só recebe algum tipo de atenção, carinho ou mesmo alguma forma de educação dentro da escola, e suas reações são variadas.
Uma família que se esquiva de suas obrigações na sua função primordial, pode trazer conseqüências negativas e irreversíveis na formação do indivíduo.
2.3 – Os professores
Exercer essa tarefa nos tempo atuais é tarefa por demais complicada. O professor deve ser ponto de referência e modelo para a sociedade e para o aluno. Mas inúmeros fatores tem contribuído para um desgaste cada vez maior do profissional e da sua imagem.
Podemos atribuir isto a vários fatores como: a má formação de profissionais; salários cada vez mais baixos; perda da autonomia dentro das salas de aula; a dificuldade de relacionamento com pais e alunos e os tempos atuais onde uma grande maioria tem acesso a uma gama de informações  virtuais muitas vezes mais rápidas do que o professor pode ou consegue acompanhar. Por tudo isso somos levados a acreditar que ser professor não é uma das profissões mais brilhantes como antigamente.
         Devemos acreditar no diálogo e no bom censo, acreditar no respeito mútuo e na importância do bom relacionamento entre as partes do processo ensino-aprendizagem, e agir de modo reflexivo sobre as “verdades” dos nossos pensamentos e dos nossos atos. O “agir” na educação requer ampla reflexão, para não marcarmos nem sermos marcados de forma negativa e voltar a ver essa profissão como uma das mais importantes para a sociedade.
2.4 – O aluno
Pode-se dizer que o aluno é o núcleo de todo o processo educacional. Ele merece um olhar cuidadoso e especial.
Quando ele chega à escola ela já traz uma bagagem de conhecimento adquirido no seio familiar, da igreja e da sociedade em que está inserido. Encontramos indivíduos de valores, credos, raças e posição social distintas. Sabemos que devemos respeitar cada um com suas diferenças. É importante também respeitar os tempos de aprendizagem, as habilidades e vocações.
Essas crianças são protegidas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente e que é possuidor de direitos, mas também de deveres.
Sendo assim os educadores devem assumir uma postura de investigadores, e questionadores despertando assim um censo crítico nos alunos para formar cidadãos críticos e questionadores que vislumbram um mundo fora da caverna em que vivem, tornando-os assim mais preparados para a vida.
 2.5 – A escola
A escola é o 2º lugar onde a criança passa a maior parte do tempo. Portanto a escola deve ser acolhedora. O aluno deve se sentir seguro e feliz dentro dela. Nem sempre uma escola com paredes e carteiras novas é sinônimo disso. O mais importante é o respeito mútuo, o carinho do corpo docente, a segurança dentro da instituição. O aluno deve correr para a escola e não correr dela. Sendo assim proporcionar um ambiente confortável, acolhedor e seguro é um dos muitos papéis da escola.
 3 – COMO DEVE SER A EDUCAÇÃO.
 Não existe um modelo pronto e acabado de escola e educação, pois as realidades são diferentes. Devemos levar em conta as diferenças geográficas, culturais, sociais e de tempo. Cada instituição deve procurar adaptar-se ao seu contexto e criar o seu modelo. Mas é sabido que toda escola deve preocupar-se com o modelo de ensino, como está instruindo, como está proporcionando o conhecimento e se sua prática está sendo eficaz na aprendizagem, para assim detectar possíveis falhas corrigindo-as.
A escola deve se interagir com a sociedade em que está inserida, e se adaptar a ela evitando choques culturais e de interesses. A escola deve primar pela ética tanto dos educando quanto dos educadores, pois a escola é a grande formadora de cidadãos e profissionais.
A escola deve ter acessibilidade, respeitar e ter consciência dos alunos portadores de necessidades especiais e proporcioná-los  acesso aos bancos escolares com igualdade e dignidade. Muitos são os modelos filosóficos de educação, e o mais viável é analisarmos os pontos positivos e aplicá-los na medida do possível e da necessidade.
 4 – A FILOSOFIA NA EDUCAÇÃO
Como a filosofia pode ajudar a educação?
Sabemos que filosofar é refletir, é questionar, é procurar outros conceitos. Sendo assim a filosofia com o seu pensar filosófico muito tem a contribuir com a educação.
O homem é um ser que vive sofrendo transformações, sejam elas intelectuais ou sociais. A educação deve acompanhar essas mudanças. Não dá para vivermos dentro de cavernas e ignorar as mudanças que nos cerca.
Portar de maneira reflexiva e crítica diante dessas mudanças deve ser o papel do educador.
Nem sempre toda mudança é positiva, então não devemos aceitar tudo que nos é proposto. É preciso refletir e ver se a mudança será positiva, se cabe em nossa instituição educacional, se alunos, professores e sociedade se adaptarão, enfim mudar é realmente necessário?
Também refletir se não é hora de mudanças, se as regras não estão ultrapassadas, se a realidade atual não necessita de novas regras, métodos e condutas.
E sendo assim a filosofia nos dá o suporte e as condições necessárias para um pensar reflexivo e crítico diante das circunstâncias.
                         
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante dos questionamentos e reflexões apresentados acreditamos que a filosofia é uma grande parceira na solução de problemas encontrados pelo ser humano ao longo dos anos.
Como no “Mito da caverna” não devemos nos colocar de costas para a realidade que nos cerca e vivermos num mundo de conformidade e aceitação.
É preciso galgar os muros da ignorância, do medo e do conformismo e acreditarmos que existe um mundo diferente, um mundo onde as pessoas agem e pensa diferente. É preciso entender que não somos donos da verdade e mesmo que a verdade que nos é apresentada é absoluta. É preciso aceitar que o ser humano é complexo e diferente uns dos outros, e nós como educadores devemos aprender a lidar e aceitar essa diversidade. Devemos entender a importância da escola na sociedade como formadora de futuros  profissionais. Devemos pautar nossas ações com ética e responsabilidade, para não nos arrependermos nem nos envergonharmos de nossas ações.
Sejamos firmes nas nossas decisões, mas flexíveis no agir.
Sejamos seguros no nosso falar, mas maleáveis no ouvir.
Sejamos filósofos, psicólogos, sociólogos, professores... Enfim sejamos humanos.
           
Base bibliográfica:
 Filosofia da educação / (Obra) Organizada
      Pela Universidade Luterana do Brasil
      (ULBRA) – Curitiba: Ibpex, 2008

A FILOSOFIA DA EDUCAÇÃO

EDILENE GONÇALVES DOS SANTOS
FERNANDA NUNES VELOSO
LÍLIAN FONSECA DE MATTOS VELOSO
LIRA NUNES VELOSO

Ao se falar em filosofia da educação, logo pensamos em medir proximidades das relações em aproximar pessoas, mas para isso é necessário levar em conta a historia que cada um carrega consigo, através do educador.
O educador deve ter uma postura que tenha como objetivo a compreensão da essência presente em cada pessoa, cabendo-lhe buscar o modelo antropológico ideal para avaliar e obter o melhor caminho para trabalhar com o ser humano. Estes modelos podem estar interligados em forma conjunta ou não. O educador tem que olhar o todo e não apenas o momento ou a situação. A educação formal, na escola tem como objetivo principal proporcionar ao educando uma transformação continua e uma reconstrução social.
Educar é formar um ser humano capaz de conviver e compreender as diversidades presente e a filosofia não se ocupa do fazer, mas do como fazer, e o filosofo se encanta pela lógica e pela compreensão, do porque de uma pessoa pensar e agir em determinada forma, não se deixa corromper, esta sempre procurando o melhor, especulando sobre a verdade e a natureza. Ser filosofo é querer saber, provar e comprovar seu conhecimento.
Como educador filosófico, pela minha experiência, não quero e não posso ser o dono da verdade, o aluno também tem razão. Professor e aluno devem troca experiências e conhecimentos, aprender um com o outro. Como estudante, fui levada a aprender o que o professor achava certo sem ouvir o aluno; o professor era o dono da verdade absoluta, quem educa possibilita a construção de conhecimentos, para aceitar o outro diferente, pois a sociedade e plural tanto na vida social e pessoal.
Segundo as informações coletadas, percebe-se que a escola, apesar de falha, ainda é o melhor espaço social para promover a integração e o desenvolvimento cultural das pessoas.
As atividades educativas vêm ser centradas no aluno, em vez de centrar-se no professor ou no ensino. O aluno deve ser sujeito de sua aprendizagem e não visto como um banco onde são despejados os conhecimentos sem uma percepção do seu ser como pessoa inteira, com sentimentos, emoções e também conhecimentos e valores adquiridos na própria historia – vida.
A educação é um instrumento social e os sujeitos que nela convivem e estudam são inseridos num processo de mudança onde o saber científico é fundamentais que todos tenham acesso a ele com coerência, podendo tornar a escola num lugar de convivência, de prazer, de cultura, de ciência e de socialização, onde a ética e a justiça norteiem as ações, tornando-se com eficácia um dos instrumentos de superação da dominação social, econômica e cultural.
No plano escolar, portanto, segundo a pesquisa, educar é mais que construir conhecimentos: é formar seres humanos em toda sua complexidade e individualidade, em interação com os contextos sociais, culturais e econômicos.
Apoiada pelas exigências das novas tecnologias de comunicação e informatização a escola aprimora-se nas estratégias de veicular o conhecimento e este dever ser resultado da recriação e interação dinâmica ao saber que os alunos trazem do próprio meio.
Assim o professor não é o mestre distante, autoritário, o mero técnico que domina conteúdos específicos e imutáveis, mas sim, profundo conhecedor do conhecimento e das áreas correlatas com uma visão de conjunto do que é a sociedade, marcando seu trabalho com forte dimensão política, estética e ética.
Assume postura atenciosa com a aprendizagem do aluno, privilegiando não apenas a sala e aula, como todas as dimensões e oportunidades de aprendizagem que possam ser exploradas e desenvolvidas articulando o saber da escola com o da comunidade, tornando o ensino significativo para a vida do aluno.
Acredita na capacidade de o aluno realizar por si novas aprendizagens e descobertas não podando sua iniciativa e criatividade, mas sim, viabilizando a participação do aluno no processo de construção do conhecimento e estimulando a sua reflexão critica.
Programa aulas dinâmicas considerando os interesses e as necessidades dos alunos, assegurando a independência, auto-estima e alunos questionadores, distinguindo os alunos que sabem e obedecem dos que não aprendem e são indisciplinados, os bons dos alunos com dificuldades, os quais precisam de atenção individualizada e apoio dos colegas monitorando as atividades de ensino-aprendizagem, propiciando o crescer e aprender juntos.
Organiza a sala de aula e as atividades de estudo de forma prazerosa para que os alunos possam se sentir valorizados, e capazes de obter sucessos nos estudos, estabeleçam locos afetivos com a escola e aprendam pela vivencia da curiosidade, pelo desejo de ver, indagar, fazer e construir. O professor-educador hoje deve ser um criador de ambientes de aprendizagem e de valorização do educando
Quando se trata de educação, pensamos logo em uma instituição, um local onde se administra conhecimentos. Essa instituição faz parte da educação, pois nada mais é que um estabelecimento onde se organiza uma estrutura social, é o espaço onde as pessoas aprendem a se organizar em grupos.
Para que exista uma instituição escolar depende de vários fatores:
- Pessoal: a escola não tem dono, é de todos, ela deve reproduzir as realidades ideológicas de um grupo onde haja um modelo de formação centrado no ser humano, com o compromisso com a doutrina que professam, organizando a sociedade a partir de seus entorno políticos, pautado no sentimento de grupo. A instituição além de evoluir constantemente agrega varias comunidades tais como a família, professores, os alunos e a escola.
A comunidade família é muito importante porque é nela que a criança recebe os primeiros e fundamentais ensinamentos como: falar, limpar-se, vestir-se, obedecer aos adultos, proteger os menores, compartilhar coisas; respeitar e viver em sociedade. A família é o alicerce principal da criança, pois, o que se aprende; os hábitos que se adquire através dela nos acompanhara pela vida toda.
A família tem mudado seu papel com o passar dos anos, mas ainda hoje é um dos pilares mais fortes que sustenta a sociedade. Sua função essencial é formar sentimentos por isto se ela é privada de pais ou seriamente prejudicada no inicio de sua vida, a sociedade é cruel, rejeita-a e ela se sente ate mesmo culpada de existir, o que a impede de crescer normalmente, pois crescimento normal exige a afeição. O amor familiar é muito importante, mas as vezes se torna cruel, cego, mas é a única via para que o individuo se descubra como ser insubstituível.
A família mesmo desestruturada ainda é o seio de afeição e do cuidar. Ela jamais pode omitir-se de seu papel e sua função dentro da sociedade, onde o professor tem um papel muito importante, são lideres, são o ponto de referencia que os estudantes solidificam suas bases. O professor não é apenas aquele que ensina conteúdos, mas sim o que forma conceitos básicos. O seu trabalho vai muito alem de transmitir conteúdos, pois na maioria das vezes ele passa ser o modelo de vida para seus alunos, abrindo possibilidades para a formação moral e social de futuros cidadãos.
Uma pesquisa realizada em 2004 revela que 91% dos professores reconhecem um mal-estar em sua profissão, pois são desvalorizados profissionalmente, assinalam a desvantagem entre o ideal de ensinar e a realidade do ambiente que encontram sentindo-se frustrados, impotentes e desencorajados. Essas dificuldades decorrem da degradação das relações com seus anos de disciplina e de sua desmotivação financeira.
Cabe ao professor a busca pela eficácia do aprendizado em sala de aula, lembrando sempre que aprender vem de dentro para fora. As dificuldades são muitas, não existe receita só através de experiências errando e acertando, tentando de novo é que se encontra o caminho certo. O professor não é o modelo, mas sim alguém imprescindível na busca por uma sociedade mais humana. O professor não passa de um simples instrutor ou colaborador que possibilita o intercambio entre os objetos do saber, por isso ele deve ser filosófico, não aquele que transmite conteúdos, um tarefeiro. Para exercer o papel de educador é preciso compromisso político e técnico, pois é o facilitador da aprendizagem. O educador deve estar sempre em formação, aprendendo sempre para exercer bem sua profissão.
São os professores os educadores que vão trabalhar com a matéria prima humana que são os alunos. Alunos são seres humanos que vieram ao mundo sem serem consultados se queriam, nos lhes impomos a humanidade do mesmo modo que lhes impomos a vida.
O aluno tem necessidade de educar e, educar é conseqüência de uma ação comentaria, onde educador e educando se educam.
Ser educando, ou seja, aluno é procurar crescimento e aquisição de sua próprio aprendizagem, cultivando os bens culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades da comunidade escolar. E nesse universo que o aluno vivenciara situações que favoreceram os diferentes aprendizados: o conhecimento, o fazer, o ser e o convier, capacitando-o a ouvir e ser ouvido, a reivindicar seus direitos, cumprir seus deveres e praticar ativamente a vida cientifica, cultural, social e política na sua cidade, seu pais e no mundo, construindo um mundo melhor e mais justo.
No Brasil o direito a aprendizagem foi criado o estatuto da Criança e do Adolescente, que assegura as crianças e adolescentes o direito a educação formal, a cultura, ao esporte e ao lazer.
A necessidade e o direito do educar da origem a escola. O papel da escola sistematizado não cabendo nela, a fragmentação dos saberes, valorizando o aluno, sua historia adquirida através de suas experiências. Não basta transmitir o saber, é preciso que a escola ofereça condições de sua transmissão, assimilação, dosando-o sequenciadamente. Assim o aluno passa a dominá-lo. A escola deve exercer um papel de humanização a partir da socialização e da produção de conhecimentos, de valores necessários a conquista do exercício pleno da cidadania. A escola deve contribuir para a formação de crianças, jovens construtores ativos da sociedade, nos distintos espaços social incluída a escola, uma cidadania consciente, critica e militante.
A escola é, portanto, o ambiente de aprendizagem, de saberes coletivos e sociais.
È nessa instituição que a bagagem que a criança trouxe de seu ambiente familiar vai se transformar se moldando dentro do contexto social. A escola deve ser prazerosa para não roubar do aluno a vontade de aprender, mas sim incentivá-lo para a aquisição de conhecimento, ou seja, deve ser o berço para a formação integral do individuo, formando-o e transformando o seu comportamento humano e social.
Parte da filosofia que se ocupa com o valor do comportamento humano, investiga o sentido que o homem imprime a sua conduta para ser. Reflexão filosófica sobre como devemos viver, portanto sobre questões de certo e errado, bons e maus, direito e deveres, e outros conceitos semelhantes. Ética é algo que todos precisam ter.
Alguns têm pouco, levam a serio. Ninguém cumpre a risca... Ética na educação é muito importante principalmente com quem tem alguma deficiência. A estas pessoas e a escola, os educadores e todos que a compõem devem proporcionar a acessibilidade, a possibilidade de alguém que possui algum tipo de deficiência ter livre acesso aos mais variados meios e ambientes em igualdade.
As nossas escolas deixam muito a desejar, pois falta muito para ser acessível a todas as crianças. Aos professores devem ser proporcionados:
- Curso de capacitação
- Psicólogo
- Fonoaudiólogo
- Fazer um estudo do corpo docente para que fiquem aptos para atender melhor os alunos com deficiências.
- Adaptar nossa escola as várias deficiências
A relação neste ambiente deve ser agradável e igual para todos, podendo ser localizada e desenvolvida nesse ambiente demarca e contextualiza o bom e o mau aluno.
Um modelo de educação adequado é onde o ser humano pode escolher e construir conhecimento e formar-se como ser integral, conforme a opção de cada um. Por isso, a responsabilidade do fazer-se é responsabilidade de cada um. Não podemos transferir essa responsabilidade nem para a escola, nem para o Estado, nem para ninguém. É pessoal e individual, podemos nós mesmos buscar a perfeição por meio do conhecimento nos muitos modelos educacionais.
Vários aspectos são indispensáveis dentro de um modelo educacional, por exemplo: o professor tomar as rédeas dentro da sala de aula apresentar um modelo doce, agradável e atrativo, ter segurança do assunto para que o aluno se sinta motivado e feliz para aprender e conviver com o meio ambiente.
A ecologia vem preocupando pensadores e governos há muitos séculos, mas somente, nos últimos anos passou a ser tema de importância coletiva, até mesmo como uma ciência da moda.
Hoje, mesmo ainda existindo correntes da economia utilitarista ou da ecologia imobilista, especialmente nos países em desenvolvimento, a conservação da natureza, através do uso racional e sustentado dos recursos naturais e o meio ambiente, é representado pela ecologia ativa, de soluções, onde o principal elemento é o ser humano, tanto como fator de desequilíbrio e conseqüente ajuste, como também de objeto para a manutenção de sua qualidade de vida.
Mas, para podermos compreender a verdadeira ecologia, temos que superar nosso desconhecimento sobre o tema, até mesmo em relação aos princípios fundamentais e aceitar a condição básica de que a solução inicia-se em nossa própria pessoa, desde a postura pessoal, até a crítica coletiva consciente. Não somente os animais e vegetais relacionam-se entre si e o ambiente em que vive homem, também faz parte desta comunidade.
Infelizmente, ao longo do tempo, o homem provocou mudanças nos diversos ecossistemas, a maior parte das vezes, de uma maneira negativa.
Contudo, devido à sua inteligência e habilidade, possui também capacidade suficiente para solucionar os problemas que ele mesmo criou, gerando soluções, propondo modelos e aplicando estes conceitos.
Sendo assim, a ecologia deve ser entendida como algo pessoal, através de uma verdadeira participação. Cada um de nós pode lutar por ela de uma forma positiva agindo nos diversos ecossistemas, para termos um mundo melhor no futuro só através da educação integral.
Você melhora um país educando o seu povo. Uma educação que passa pelo conhecimento pessoal das coisas, com o ensino informal e chega ao seu auge através do respeito às leis e normas, as condições primordiais urbanas, para que o convívio coletivo não chegue ao extremo dos crimes ou atritos.
Uma ação conjunta de todas as nações, elaborando uma equilibrada distribuição de alimentos, uma utilização consciente dos recursos naturais, um desenvolvimento científico-tecnológico, que não agrida o meio ambiente, fará muito pelo PLANETA.
Podemos viver com moderação, piedade, justiça, todos unidos - povos dos mais diferentes países com um objetivo em comum: melhorar cada vez mais a vida do Planeta Terra!
Todos nós podemos aprender a consertar os erros do passado, fazendo tudo o que estiver ao nosso alcance, educando as crianças e jovens para um mundo melhor!
Que através da arte, da poesia e do teatro os professores possam ensinar a seus alunos a terem a liberdade de escolha, o agir sem medo e sem preconceitos,o pensar no futuro que é sonhado. Escolhendo uma profissão que lhe dê prazer no que fazem, e não uma profissão que dê mais dinheiro ou que seus pais gostariam que fizessem.
As crianças devem ser tratadas de forma despretensiosa, pois ela tem em seu agira a espontaneidade das atitudes, das relações. Temos que incentivar as crianças e é necessário ouvi-las, e dar importância ao que têm para dizer. Ensinar a filosofar é estimular posicionamento, estimular opinião, reflexão e conversação, só através do dialogo e da troca de informações que podemos educar e adquiri conhecimentos e resgatar nossa cultura.
A realidade do lúdico de nossas crianças em nossas comunidades, ainda corresponde a realidade de nossos tempo. As crianças por aqui ainda têm o privilegio de estudarem todas juntas. Logo após a aula elas brincam nas praças e ruas de brincadeiras antigas: bola, corda, pique – esconde e brincadeiras de praça.
Ainda temos segurança em nossa cidade, onde os adultos olham por todas as crianças, elas se sentem livres para interagir com o lúdico e a natureza, e assim se tornarem cidadãos do bem para transmitir o seu saber para as próximas gerações.


CONCLUSÃO

Vimos que o objetivo principal da Filosofia da Educação é levar o conhecimento ao professor, no pensar, no agir e no falar aos seus alunos, e que através desta filosofia ele tem mais respaudo para a condição à verdade para efetivar sua participação como educador, nos valores humanos e no crescimento do educador.


BIBLIOGRAFIA


Livro: Filosofia da Educação. (obra) Organizada pela Universidade luterana do brasil (ULBRA). Curitiba: Ibpex, 2008.

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

SER ADOLESCENTE


Ser adolescente é viver profundas e densas modificações em todas as suas dimensões. É compreende as alterações no corpo, as novas relações sociais, a sexualidade, a força física, os desejos, as emoções e os sentimentos. É a capacidade de compreender e explicar o mundo e as suas coisas.
O período do adolescer é uma fase de descobertas e de início da aquisição da independência, sendo necessário o estabelecimento de limites, por parte dos pais, para que os mesmos aprendam o que é certo ou errado e formem uma personalidade saudável. As dificuldades da adolescência podem refletir no rendimento escolar, sendo preciso descobrir os motivos de tais dificuldades, para podermos intervir.
A adolescência muitas vezes é discutida e analisada como sendo um momento ou um período de mudanças, transição e maturação onde o individuo é preparado para a vida adulta. A duração dessa fase é motivo de constante desacordo entre os mais diferentes grupos de teóricos. É uma fase delicada e ao mesmo tempo encantadora.
O indivíduo não é mais infante, mas também não é adulto, às vezes ele age como criança, ora como adulto. É talvez a fase mais difícil e complicada pela qual o ser humano passa.

Profª Eude