quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Releitura e atualidades do mito da caverna e suas implicações pedagógicas



ariana Dornela Ferreira


Joana Darc dos Reis Costa


Luciana Oliveira Ferreira


Maria Eunice de Souza


Nayara Rodrigues Costa

 

Considerações iniciais

            Durante muito tempo, existiu a crença de que as pessoas só teriam contato com a escolaridade a partir do momento que ingressasse na escola, já o mito da caverna apresenta características de uma sociedade que se fundamenta nas suas aparentes verdades para justificar e organizar os princípios básicos de uma conjuntura social.
            Portanto, o mito é usado como suporte para a compreensão do que não tem uma explicação racional, torna-se, pois uma verdade absoluta.


Referencial teórico

            O mito da caverna é uma metáfora da condição humana perante o mundo, no que diz respeito á importância do conhecimento filosófico e à educação como forma de superação da ignorância, isto é, a passagem gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, sistemático e organizado, que busca as respostas não no acaso, mas causalidade.
            Com essa metáfora – o tão justamente famoso Mito da Caverna – Platão quis mostra muitas coisas. Uma delas é que é sempre doloroso chegar-se ao conhecimento, tendo-se que percorrer caminhos bem definidos para alcançá-lo, pois romper com a inércia da ignorância requer sacrifícios. A primeira etapa a ser atingida é a da opinião, quando o indivíduo que ergue-se das profundezas da caverna tem o seu primeiro contato com as novas e imprecisas imagens exteriores. Nesse primeiro instante, ele não as consegue captar na totalidade, vendo apenas algo impressionista flutuar a sua frente. No momento seguinte, porém, persistindo em seu olhar inquisidor, ele finalmente poderá ver o objeto na sua integralidade, com os seus perfis bem definidos. Ai então ele atingirá o conhecimento. Em busca não se limita a descobrir a verdade dos objetos, mas algo bem mais superior: chegar à contemplação das idéias morais que regem a sociedade - o bem, o belo e a justiça.
            Segundo a metáfora de Platão, o processo para a obtenção da consciência abrange dois domínios: o domínio das coisas sensíveis e o domínio das idéias. Para o filósofo, a realidade está no mundo das idéias e maioria da humanidade vive na condição da ignorância, no mundo ilusório das coisas sensíveis, no grau da apreensão de imagens, as quais são mutáveis, corruptíveis, não são funcionas e, por isso, não são objetos de conhecimento.
            O mito é caracterizado como uma fala narrativa onde as experiências são repassadas oralmente. É comum e constante o uso de lendas e fabulas que narram acontecimentos vividos por meio de uma lógica é a interpretação, já na filosofia o método é a racionalidade, que busca a verdade.
            Portanto, a filosofia da educação são os caminhos para se sair da caverna e observar, a realidade; sendo o educador preciso retornar a caverna para valorizar os valores humanos e o crescimento integral do educando.


 Considerações finais

            Imaginemos um muro bem alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
            Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantém acesa uma fogueira.
            Platão não buscava as verdadeiras essências da forma física como buscavam Demócrito e seus seguidores. Sob a influencia de Sócrates, ele buscava a verdade essencial das coisas.
            Assim como os personagens do mito da caverna estão presos e acorrentados na caverna, assim também as estruturas educacionais são as representações dos alunos e dos professores presos aos seus modelos educacionais ultrapassados, enfim a sala de aula não pode ser a caverna que aprisiona, e sim o espaço onde o feixe de luz aprimora a sua intensidade.
            Como exemplo, dentro de uma sala de aula o caso de uma criança que não consegue compreender o conteúdo das matérias  e tira nota baixa, e para o professor a compreensão é apenas a nota, e define assim que o aluno não conseguiu assimilar o conhecimento e isso dever ser repensado por professores e escola.
            É quando professor e aluno descobrem um passo em direção a verdade, no entanto, é fundamental que se perceba a necessidade constante de rever as concepções paradigmáticas em construção.



Referência
CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. São Paulo, Editora Ática, 2003;
SPINELLI, Miguel. Questões Fundamentais da Filosofia Grega. São Paulo. Loyola, 2006, p. 278ss.

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